terça-feira, 23 de agosto de 2011

0

Relacionamento: O caso da GM e o sorvete de baunilha


Boa noite a todos. Gostaria de abordar um tema hoje que seria o relacionamento com o cliente.
Calcula-se que o custo de conseguir um cliente novo seria 3x mais do custo de um cliente existente na base, porém em um mercado acirrado como nós vivemos, toda hora surgem novos produtos e vantagens competitivas que fica difícil ser fiel a uma marca, principalmente quando acabamos de conhecê-la.

O Relacionamento com o cliente começou a se destacar e hoje vemos ações de Marketing One-to-One onde as empresas procuram vender não apenas um produto, mais sim uma experiência surreal que tornará a marca Top-of-mind em sua concepção.

Para ilustrar este conceito, coloco abaixo um texto onde o diretor da General Motors dos EUA recebe uma curiosa reclamação de um cliente a respeito do seu carro "Pontiac":

"Esta é a segunda vez que mando uma carta para vocês e não os culpo por não me responder. Eu posso parecer louco, mas o fato é que nós temos uma tradição em nossa família, que é a de tomar sorvete depois do jantar. Repetimos este hábito todas as noites, variando apenas o tipo de sorvete, e eu sou o encarregado de ir comprá-lo. Recentemente, comprei um novo Pontiac, e desde então minhas idas à sorveteria se transformaram num problema. Sempre que eu compro sorvete de baunilha, quando volto da sorveteria para casa, o carro não funciona. Se comprar qualquer outro tipo de sorvete, o carro funciona normalmente. Os senhores devem achar que eu estou realmente louco, mas não importa o quão tola possa parecer a minha reclamação, o fato é que estou muito irritado com o meu Pontiac modelo 99."



A carta gerou tantas piadas do pessoal da Pontiac que o presidente da empresa acabou recebendo uma cópia da reclamação. Ele resolveu levar o assunto a sério e mandou um engenheiro conversar com o autor da carta.

O funcionário e o reclamante, um senhor bem sucedido na vida e dono de vários carros, foram juntos à sorveteria no fatídico Pontiac. O engenheiro sugeriu sabor baunilha, para testar a reclamação, e o carro efetivamente não funcionou. O funcionário da General Motors voltou nos dias seguintes, à mesma hora, fez o mesmo trajeto, no mesmo carro, e só variou o sabor do sorvete. Mais uma vez, o carro só não pegava na volta quando o sabor escolhido era baunilha.

O problema acabou virando uma obsessão para o engenheiro, que passou a fazer experiências diárias anotando todos os detalhes possíveis e, depois de 2 semanas, chegou à primeira grande descoberta. Quando escolhia baunilha, o comprador gastava menos tempo, já que este tipo de sorvete estava bem na frente. Examinando o carro, o engenheiro fez nova descoberta: Como o tempo de compra era muito mais reduzido no caso da baunilha, em comparação com o tempo dos outros sabores, o motor não chegava a esfriar. Com isso os vapores de combustível não se dissipavam, impedindo que a nova partida fosse instantânea.

A partir desse episódio, a Pontiac mudou o sistema de alimentação de combustível em todos os modelos a partir da linha 99. Mais do que isso, o autor da reclamação ganhou um carro novo, além da reforma do carro que não pegava com o sorvete de baunilha.

A General Motors distribuiu também um memorando interno, exigindo que seus funcionários levem a sério até as reclamações mais estapafúrdias.

Diz a carta da GM SOCIESC - Capacitação Empresarial:
"Por mais ridícula que possa ser a reclamação, ela sempre deve ser levada em consideração, pois pode ser que uma grande inovação esteja por trás de um sorvete de baunilha."


Inspirador? Sim, além de prezar o relacionamento com o cliente este texto mostra também como uma ameaça ( por menor que seja ) se bem trabalhada pode se tornar uma oportunidade e se for mal trabalho pode se tornar futuramente uma grande ameaça, gerando ônus a empresa.



Gostou do Blog? Ajude agente, dê um curtir ao lado   --------->

Abraços.

@Tony_BriefMkt


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...